terça-feira, 23 de junho de 2009

“Soldado do Século Vinte e Um”


“Soldado do Século Vinte e Um”

Uso todos os meus artifícios
Quando saio por todo o caos
A cada rua que atravesso sem olhar
É mais uma oportunidade que perco
De chorar com o mundo perdido

Se meus pais foram uma boa geração
O que ocorreu para essa decadência?
Vende-se um pequeno copo d’água
Com o valor de todo suor escravizado

Soldado do século vinte e um
Nossa guerra está quase perdida
Já vejo à hora de ir

Esse inverno poderá terminar em dezembro
Com quantas mortes a rua pode contar
Sou um pobre miserável das esquinas da cidade
Em busca de um pouco de dignidade

Sinto em minhas costas o calor de um deserto
Mas como pode? Estou no centro do pólo sul
Vende-se um pequeno copo d’água
Com o valor de todo suor escravizado

Soldado do século vinte e um
Nossa guerra está quase perdida
Já vejo à hora de ir

Meus pés carregam uma alma perdida
Onde está a alegria das crianças africanas?
Onde está o verde que Deus criou aqui?

Soldado do século vinte e um

Nossa guerra está quase perdida

Soldado do século vinte e um
Já vejo à hora de ir

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